Clésio pode voltar a ser prefeito ainda hoje

Se quiser, Clesio Salvaro volta a ser prefeito ainda hoje, quarta-feira. O Ministro Ricardo Levandowski concedeu liminar ontem, terça-feira, considerando válidos os votos do candidato Mario Tricano na eleição de 2012 em Niterói, no Rio de Janeiro. Se Clésio pedir hoje, terá a mesma liminar despachada. Porém, não deve faze-lo pois, em recente entrevista, se comprometeu a só reassumir em caráter definitivo. Deve, sim, pedir ao ministro Luiz Fux que destrave a pauta do STF para concluir logo a votação do mérito no Pleno. Ao menos é esta a estratégia defendida por seus advogados que militam em Criciúma. Acontece que Clésio está em Brasília, e a estratégia será executada por ele, junto ao seu corpo jurídico na Capital Federal.

Mais um tempero de uma noite de terça-feira de pesadelos para o prefeito Márcio Búrigo, que poucas horas antes de estourar esta nova informação de Brasília, perdeu a votação na Câmara para a estruturação da secretaria de Segurança Pública.

Pesquisa IPC/Tribuna/Som Maior: A dúvida lidera

O jornal A Tribuna publica hoje seis cenários de mais uma pesquisa de intenção de voto à prefeitura de Criciúma, assinada também pela Rádio Som Maior e levantada pelo Instituto de Pesquisas Catarinense (IPC), que colheu 625 entrevistas entre 3 e 5 de dezembro, com margem de erro de 4 pontos para mais ou menos, e 95% de nível de confiança.

Nos dois cenários em que é incluído, o ex-prefeito Clésio Salvaro (PSDB) tem larga vantagem. E nos quatro cenários onde Clésio não está, o índice de indecisos supera os 30%. Logo, a dúvida prepondera, eis a conclusão mais evidente da pesquisa em tela.

A destacar, ainda, os bons índices de Geovânia de Sá (PSDB), menores que os do levantamento anterior, é bem verdade; a ascensão do secretário de Articulação Nacional, Acélio Casagrande (PMDB); e do deputado estadual Cleiton Salvaro (PSB). Márcio Búrigo (PP) apresenta índices muito baixos levando-se em conta que tem a prefeitura na mão. Logo, conta com tendência de crescimento. Márcio oscila entre os 14 e 10 pontos, nos seis cenários em que está incluído. É óbvio que seus piores índices se encontram justamente nos embates com Clésio Salvaro.

Porém, a transferência direta de votos de Clésio não aparece na pesquisa. O vereador Ricardo Fabris (PSDB), que seria uma das opções ao ex-prefeito, caso o mesmo não consiga concorrer - o que é bastante provável -, não decola, oscilando entre 6 e 7 pontos nos dois cenários em que está incluído, muito distante dos mais de 50 pontos de Clésio.

Poderia estar havendo, porém, um cenário de transferência indireta, de resíduo por conta do sobrenome, de Clésio para o primo Cleiton, pelo peso do sobrenome Salvaro, o que consta como um possível fator a justificar os bons índices do deputado estadual nos cenários em que foi citado.

CENÁRIO A

Clésio Salvaro (PSDB) - 56,6%

Márcio Búrigo (PP) - 10,1%

Acélio Casagrande (PMDB) - 7,8%

Fábio Brezola (PT) - 2,6%

Não sabe - 8,3%

Nenhum - 14,6%

CENÁRIO B

Acélio Casagrande (PMDB) - 17,8%

Márcio Búrigo (PP) - 14,6%

Cleiton Salvaro (PSB) - 10,1%

Ricardo Fabris (PSDB) - 6,6%

Fábio Brezola (PT) - 4,0%

Não sabe - 14,2%

Nenhum - 32,8%

CENÁRIO C

Acélio Casagrande (PMDB) - 16,8%

Geovânia de Sá (PSDB) - 14,1%

Márcio Búrigo (PP) - 13,0%

Cleiton Salvaro (PSB) - 9,4%

Fábio Brezola (PT) - 3,4%

Não sabe - 13,1%

Nenhum - 30,2%

CENÁRIO D

Clésio Salvaro (PSDB) - 56,0%

Márcio Búrigo (PP) - 11,8%

Fábio Brezola (PT) - 3,0%

Luiz Fernando Vampiro (PMDB) - 1,4%

Não sabe - 10,7%

Nenhum - 17,0%

CENÁRIO E

Márcio Búrigo (PP) - 15,0%

Cleiton Salvaro (PSB) - 12,2%

Ricardo Fabris (PSDB) - 7,5%

Fábio Brezola (PT) - 3,7%

Luiz Fernando Vampiro (PMDB) - 1,6%

Não sabe - 18,9%

Nenhum - 41,1%

CENÁRIO F

Geovânia de Sá (PSDB) - 17,4%

Márcio Búrigo (PP) - 13,6%

Cleiton Salvaro (PSB) - 11,5%

Fábio Brezola (PT) - 3,2%

Luiz Fernando Vampiro (PMDB) - 1,9%

Não sabe - 15,8%

Nenhum - 36,5%

Saiu a estadualização da Jorge Lacerda

Depois de muitas idas e vindas, muita reunião, muita conversa, finalmente saiu a estadualização da Rodovia Jorge Lacerda, etapa burocrática fundamental para que o acesso sul a Criciúma, pavimentado desde o governo Algemiro Manique Barreto, no final dos anos 70, deixasse de ser uma rodovia municipal e passasse a ser estadual.

A publicação do decreto foi anunciada nesta tarde, no Balanço Geral da Rádio Eldorado, pelo deputado estadual Claiton Salvaro (PSB), que vinha atuando decisivamente na união das pontas necessárias para desembaraçar o processo. A solução passou por sucessivas reuniões com o presidente do Deinfra, Wanderley Agostini; o secretário de Infraestrutura, João Carlos Ecker; e o secretário da Casa Civil do governo Colombo, Nelson Serpa.

"Agora é buscar a verba para fazer a obra de recuperação pelo Estado", comentou o deputado Salvaro, ao comemorar a concretização da estadualização. Certa vez, o vice-governador Eduardo Pinho Moreira (PMDB) chegou a dizer que os recursos aplicados na Rodovia Jacob Westrup, em Forquilhinha, seriam suficientes para recuperar a Jorge Lacerda. E o secretário de Obras de Criciúma, André de Luca, está oficialmente livre das cobranças por melhorias na estrada, agora não mais competência do município.

Mineiros frente a frente com donos da Carbonífera Criciúma

É marcação cerrada dos mineiros que estão com salários atrasados, e os já demitidos que ainda não viram a cor do dinheiro das suas rescisões, e a direção da Carbonífera Criciúma. Um dos diretores, José Luiz Castro, passou uma saia justa na tarde desta segunda-feira.

Castro foi com sua esposa, Mirza, até a sede da Polícia Federal em Criciúma para renovar passaportes. Um grupo de sete mineiros da Carbonífera Criciúma tomou conhecimento e foi até a delegacia tomar satisfações. Lá chegando, conseguiram chegar perto do casal, e a eles dirigiram bastante pressão. A certa altura, um policial federal retirou os mineiros do interior da delegacia, e os manteve na parte externa do prédio, enquanto José Luiz e Mriza realizavam os procedimentos necessários quanto aos passaportes.

Tempo depois, na saída, novo contato, e mais protestos dos mineiros. A esposa de José Luiz, então, dirigiu a palavra a eles. "Sabemos e sentimos muito o que está acontecendo. Estamos tentando resolver, mas não depende somente de nós, depende do Gazzolla (Alfredo Gazzolla, outro dos proprietários da Carbonífera Criciúma)". O casal Castro só conseguiu deixar a Polícia Federal após a escolta de policiais federais garantir a partida do automóvel. Os mineiros estão há mais de três meses sem receber. Entre salários atrasados e passivos trabalhistas, os débitos já ultrapassam os R$ 3 milhões. O presidente do Sindicato dos Mineiros de Forquilhinha, Fernando Nunes, postou hoje no Facebook o apelo de uma filha de trabalhador, conforme a foto acima.

Aberto o processo de impeachment de Dilma

Faz poucos minutos que o presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou que acolheu a indicação dos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior, abrindo o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Ele argumento que "ouve o clamor das ruas", e que a situação se impõe, pela gravidade dos acontecimentos.

Antes de entrar no mérito do debate, é necessário frisar o papel cívico que cada brasileiro tem a partir de agora, neste instante delicadíssimo da vida do nosso país. Trata-se de uma crise profunda, que deixa marcas, cria cicatrizes, é capaz de cindir uma Nação. Por isso, de imediato ao anúncio, a Rádio Eldorado lança uma campanha: "O Brasil na frente!".

A partir de agora, durante todo o processo de impeachment, independente dos seus fatores e desdobramentos, vamos, até o fim, pautar nossas redes sociais pela bandeira nacional, pelas cores do nosso país, pelo claro entendimento de que o Brasil precisa ser salvo deste processo. A disputa está muito acima das questiúnculas políticas. O Brasil precisa sair são e salvo disso. Nossas lideranças, podres e carcomidas na sua essência, pouco tem a contribuir com algo novo neste processo. Será uma repetição de delações, de calúnias, de afrontas politiqueiras, de gente que colocará em oposição o "sujo" e o "mal lavado".

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Murialdo Gastaldon e o ano em Içara

A Rádio Eldorado deu início, nesta quarta-feira, a uma série de entrevistas com os prefeitos do sul de Santa Catarina, para um balanço das ações ao longo de 2015. A série, que vai ao ar diariamente às 8h10min no Manhã Eldorado, com repercussão na edição seguinte do Jornal da Manhã, começou com o prefeito de Içara, Murialdo Gastaldon (PT).

"Foi um ano muito bom na saúde, educação e esporte em Içara", comemorou Gastaldon. Ele lembrou que o município recebeu o título de melhor saúde básica de Santa Catarina entre as cidades com 50 a 100 mil habitantes. No esporte, os atletas que conquistaram medalhas em diversas competições foram destacados.

Murialdo foi o primeiro prefeito da AMREC a iniciar o processo de corte de gastos. "Vamos fechar 2015 com uma economia de R$ 3 milhões, o equivalente a uma arrecadação completa de IPTU de um ano", exaltou o prefeito. Ele citou que os cortes de salários de secretários e cargos em comissão, além da contenção de reajustes e gratificações, colaboraram para a economia. O prefeito informou que o décimo terceiro salário será pago integralmente no próximo dia 20.

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TRE não confirma suspensão do uso da urna eletrônica

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Sérgio Baasch Luz, se pronunciou na tarde desta terça-feira sobre a informação da véspera, de que o contingenciamento de recursos pelo governo federal forçará a suspensão de urnas eletrônicas nas eleições municipais de 2016.

O desembargador frisou que os tribunais regionais não são responsáveis por compra de urnas, por isso o contingenciamento não impacta o planejamento das eleições, e deixou claro que o processo não vai mudar, com os votos sendo normalmente colhidos nas urnas eletrônicas. "Esse contingenciamento tem cunho político. Está servindo para insuflar o Congresso Nacional à aprovação do ajuste fiscal e do orçamento", afirmou o presidente.

Além do mais, o TRE alega que não houve qualquer orientação no sentido da volta ao voto no papel, e que há um empenho do ministro Dias Toffoli, presidente do TSE, no sentido de garantir os recursos para a realização plena do pleito.

"É uma agressão à democracia e ao processo eleitoral. Não queremos uma Venezuela, queremos um estado democrático e de direito, onde o cidadão possa exercer livremente o direito do voto", enfatizou o presidente do TRE. "A ideia da urna eletrônica nasceu em Brusque, Santa Catarina é o berço da urna eletrônica, não vão tirar esse direito do povo catarinense", arrematou. Ouça o depoimento do presidente do TRE clicando aqui.